A PSICOPEDAGOGIA vem trabalhar com as dificuldades de aprendizagem e a diversidade de fatores que contribuem para tal, podendo estes ser de origem orgânica, cognitiva, emocional, social ou pedagógica.
O trabalho psicopedagógico tem como objetivo garantir a aplicação do raciocínio na manipulação do conteúdo escolar e cultural de maneira que o indivíduo se identifique e se aproprie da utilização dos conceitos aprendidos em qualquer situação .
Powered By: Gigavox AS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM MAIS RELATADAS:
- COORDENAÇÃO GLOBAL E FINA: dificuldade de domínio do gesto e do instrumento; dificuldade perceptiva; dificuldade na lateralização, na orientação espacial e temporal;
- COMPORTAMENTO SOCIAL INADEQUADO: geralmente associado à falta de limites e imaturidade:dificuldade em internalizar responsabilidades e lidar com a
frustração;
- MEMÓRIA E ATENÇÃO: dificuldade em manter o estado de vigília, de focar a atenção e se concentrar nas tarefas formais;
- DISCALCULIA: dificuldade no processo de aprendizagem do cálculo apresentando inabilidades na realização das operações matemáticas e falhas no raciocínio lógico-matemático;
- ALTERAÇÕES NA LEITURA/ ESCRITA :
.DISGRAFIA - consiste em uma dificuldade para a realização dos movimentos necessários e coerentes para a escrita. A grafia das letras e das palavras torna-se, muitas vezes, incompreensível para o leitor, que não consegue ler o que está escrito
.DISORTOGRAFIA - consiste em confusões de letras, sílabas e palavras, com trocas ortográficas já conhecidas e trabalhadas pelo professor.
.PRÉ-DISLEXIA - distúrbio da linguagem observado em crianças em fase pré-alfabetização. Caracteriza-se por instabilidade psicomotora, inversão, repassamento, falta de ritmo em desenho, falha na capacidade totalizadora, falta de discriminação figura-fundo.
.DISLEXIA- É um distúrbio específico da linguagem, de origem constitucional, caracterizado pela dificuldade de decodificar palavras simples.
Desta forma, para se conhecer as causas do problema, é de grande valia a busca pelo atendimento psicopedagógico especializado, onde o psicopedagogo trabalhará em duas etapas:
- Diagnóstico : realizar junto ao indivíduo uma coleta de informações utilizando-se de técnicas psicopedagógicas específicas. Estas informações proporcionarão o entendimento das reais causas que podem estar interferindo em seu processo de aquisição do conhecimento.
- Intervenção : tratamento, utilizando-se vários recursos para uma progressiva melhora deste processo como um todo, ou realizar o encaminhamento do indivíduo à profissionais de outras áreas, caso seja necessário.
ATIVIDADE DE LEITURA.
Posted: 18 Jun 2012 07:37 PM PDT
Atividade:
1. Organize os alunos em roda, sorteie uma das fichas e instigue-os a descobrir de quem é o nome.
2. Levante um retângulo de cada vez, como se abrisse uma “janela” para cada letra e permita que, a cada letra, os alunos usem suas estratégias de leitura para reconhecer de quem é o nome escolhido.
1. Organize os alunos em roda, sorteie uma das fichas e instigue-os a descobrir de quem é o nome.
2. Levante um retângulo de cada vez, como se abrisse uma “janela” para cada letra e permita que, a cada letra, os alunos usem suas estratégias de leitura para reconhecer de quem é o nome escolhido.
É
importante que você realize intervenções para cada “janela aberta”,
como por exemplo: ao abrir a letra G, de Gabriel, pergunte: “Qual o nome
dessa letra?” ou “Quais são os nomes que iniciam com a letra G?”.
Sugira dicas quando necessário. Por exemplo: “Esse nome é escrito com
poucas letras”; “esse nome é de uma menina”; “procure no quadro de
nomes, quais são os alunos que possuem o nome terminado com L”; “leia o
alfabeto no cartaz para descobrir qual é a essa letra”; “esse nome
começa igual ao de Guilherme e Gabriela”. Essa atividade proporcionará a
reflexão sobre as letras e seu uso para a construção da estabilidade
permitida com o nome próprio.
Inclusão:
Essa atividade pode ser realizada por todos os alunos, inclusive se houver um aluno com deficiência intelectual, pois a construção do sistema alfabético, também para ele, acontecerá com o uso das estratégias de leitura constantemente. O que muda nessa compreensão é o ritmo de aprendizagem, portanto, quanto mais o aluno for colocado em situações de leitura e escrita, mais próximo da construção do sistema alfabético estará. Nesta atividade deixe-o participar com o coletivo. É importante, na medida do possível, trazer o nome dele para discussão, para que reconheça seu próprio nome.
Essa atividade pode ser realizada por todos os alunos, inclusive se houver um aluno com deficiência intelectual, pois a construção do sistema alfabético, também para ele, acontecerá com o uso das estratégias de leitura constantemente. O que muda nessa compreensão é o ritmo de aprendizagem, portanto, quanto mais o aluno for colocado em situações de leitura e escrita, mais próximo da construção do sistema alfabético estará. Nesta atividade deixe-o participar com o coletivo. É importante, na medida do possível, trazer o nome dele para discussão, para que reconheça seu próprio nome.
PODE TRABALHAR QUALQUER PALAVRA.
http://
revistaguiainfantil.uol.com.br/professores-atividades/95/
DEVER DE CASA: DICAS PARA PAIS E PROFESSORES
Muitas vezes o dever de casa torna-se o principal ponto de conflito
entre escola e família, professores e alunos, pais e filhos. É inegável a
importância deste instrumento para o desenvolvimento do hábito do
estudo e da pesquisa, da disciplina intelectual, além de servir como
extensão das atividades escolares, cuja carga horária é tão reduzida no
Brasil. Mas como fazer para que esta atividade não se torne um pesadelo
na vida dos estudantes e da família?
Os fatores que levam ao stress em torno das tarefas de casa são muitos:
falta de tempo dos pais, dificuldade em impor regras e limites, falta de
diálogo com a escola, dificuldades de aprendizagem, inadequação das
tarefas, falta de material ou infra-estrutura em casa, etc. Elaborei,
então, algumas dicas com base em minha experiência. Desafio pais,
professores e estudantes a darem seu depoimento, acrescentarem itens ou
modificarem a lista que se segue:
1) Organizar o espaço – É importante que a criança/adolescente tenha um
espaço próprio para estudar, com seus materiais, livros, revistas,
tesoura, cola, lápis de cor, etc. Se estiver tudo espalhado, faltar
material e se a cada dia a tarefa for realizada em um local diferente é
mais difícil para o aluno se organizar e criar o hábito. A organização
externa ajuda a organização interna! Caso não seja possível um espaço
exclusivo para o estudo (como uma escrivaninha ou mesa de estudo),
sugiro organizar um “cantinho” onde todo o material fique disponível, de
preferência próximo ao local onde o estudante realiza as tarefas (que
deve ser uma mesa, nunca a cama ou sofá).
2) Limitar o tempo – As crianças e os adolescentes (muitos adultos
também) têm dificuldade em organizar o tempo. Se deixar por conta deles,
possivelmente não conseguirão administrar a tv, as brincadeiras, o
computador, as atividades extras e o dever de casa. Brigar com eles no
final do dia não fará com que no dia seguinte consigam fazê-lo. É
preciso aprender a administrar o tempo. Uma boa maneira de fazer isto é
estabelecendo um horário para o dever de casa. É importante que este
horário tenha início e fim bem definidos, mesmo que nos primeiros dias o
aluno não consiga completar as tarefas. Neste caso explique a situação
na escola (mas ele deve sofrer as conseqüências). Se o tempo não for
limitado pode acontecer de o estudante estender-se muito na tarefa, o
que costuma ser classificado como “enrolação”, e na verdade é novamente a
dificuldade de organização de tempo. Aos poucos ele conseguirá concluir
as tarefas no tempo delimitado. Sugestões de horários de estudo de
acordo com as séries escolares: educação infantil e 1º. ano: 15 a 20
minutos; 2º e 3º anos: 30 a 40 minutos; 4º, 5º e 6º anos: 50 a 60
minutos. 7º ano em diante: 1 e 1/2h a 2 horas.
3) Verificar o nível de dificuldade – O dever de casa deve ser uma
tarefa dos alunos, não dos pais. Muitos pais, na angústia de perceber a
dificuldade de seu filho, ou de ser cobrado pela escola, acabam fazendo
as tarefas pelos filhos. Fazer o dever pela criança a torna dependente,
insegura (muitos continuam fazendo os trabalhos dos filhos na
universidade!) e não a ajuda na escola. Caso os professores não percebam
que foram os pais que fizeram, acreditarão que o aluno está entendendo
tudo e seguirão adiante. Se um estudante não está conseguindo fazer,
sozinho, as atividades, o melhor é procurar o(s) professor(es) e
conversar, estabelecer juntos estratégias.
4) Melhorar a comunicação escola/família – É freqüente a queixa das
crianças quanto a “maneira” de explicar dos pais e da escola. Os pais
aprenderam de outra forma ou não lembram de determinado conteúdo, sem
falar que não têm, muita das vezes, didática. – e não são obrigados a
ter! Os pais devem acompanhar as tarefas escolares dos filhos, mas quem
deve ensinar é a escola. Isto deve ficar bem claro. A escola e a família
devem trabalhar em parceria ao invés de jogarem a culpa um em cima do
outro. (muitas vezes os pais falam mal da escola na presença dos filhos –
geralmente quando estão nervosos, cansados e na hora do.... dever de
casa!). A escola, por sua vez, cobra dos pais as tarefas feitas, não
levando em conta que os pais nem sempre sabem como fazer. Ao invés de
ouvirem, orientarem, apenas cobram, aumentando a sensação de fracasso na
educação dos filhos.
5) Verificar o grau de interesse - Pais e professores devem estar
atentos ao interesse das crianças/jovens pelas tarefas de casa. É um
grande desafio para os professores, mas é possível fazer com que as
tarefas sejam mais interessantes, menos repetitivas. Escolher temas
atuais, explorar os recursos da mídia, da internet, criar desafios,
competições saudáveis, expor os trabalhos, são algumas idéias que podem
facilitar esta tarefa. Um outro recurso importante é fazer com que os
próprios alunos avaliem as tarefas de casa uns dos outros. A cobrança do
grupo é muito mais eficaz que a do adulto. Os pais também podem
contribuir para o dever de casa ser interessante na medida em que eles
também se interessam, perguntando, elogiando, comentando, contribuindo.
6) Ampliar a oferta de leitura - Hábito de leitura é fundamental para o
dever de casa, para o sucesso escolar e futuramente profissional do
estudante, mas é difícil desenvolver o hábito se a própria família não
lê. Os pais ensinam mais através dos atos do que das palavras. Verificar
em casa como anda o hábito de leitura pode ajudar o estudante nas
tarefas de casa. Assinar um jornal, uma revista, ir à livraria, à
biblioteca... Vale tudo: gibi, filme com legenda, revistas, não importa o
assunto, o importante é ler. Lembrando que não é apenas mais um gasto,
mas um investimento no futuro! Quem lê escreve com menos erros, amplia o
vocabulário e passa a ter mais facilidade na escola e no dever de casa.
A mãe de Orlando prometeu presenteá-lo com uma moto se ele conseguisse ler 50 livros. Ele nunca chegou a esse número e nunca ganhou o prêmio. Mas não por preguiça ou repulsa à leitura. É que, apesar de enxergar bem, Orlando não conseguia decodificar as letras, que se embaralhavam pelas páginas. Principalmente as letrinhas parecidas, como b e d. Hoje, esse garoto cresceu e provavelmente você o conhece: é Orlando Bloom, ator de O Senhor dos Anéis e Piratas do Caribe. E o problema que ele tem é a dislexia, transtorno de aprendizagem que afeta a leitura e a escrita de cerca de 4% da população mundial.
Apesar de ter ganhado destaque na mídia nos últimos anos, falta muito para que a dislexia seja bem compreendida. Pensando nisso, o Instituto ABCD, organização que difunde informações e fornece apoio a grupos e associações que tratam do problema, está organizando a Semana da Dislexia. O evento, que começou no dia 31 de outubro e vai até domingo, 6 de novembro, trouxe associações, organizações e professores para discutir o tema com seminários, mesas-redondas e outras atividades em diversos lugares. Dá para acompanhar tudo pelo site www.institutoabcd.org.br.
Para ajudar a entender melhor a dislexia, conversamos com a Ana Luiza Navas, presidente do Instituto ABCD, e com o neurologista Rubens Wajnsztejn, do Núcleo de Estudos em Aprendizagem da Faculdade de Medicina do ABC.
1. A dislexia é uma doença?
Tecnicamente, sim. Ela se encontra na Classificação Internacional de Doenças e é hereditária. “Mas os especialistas preferem se referir a ela como um transtorno de aprendizagem e não como uma doença, para que o público não a associe com algo que possa ser curado com remédios”, explica a fonoaudióloga Ana Luiza.
2. O que provoca a dislexia?
Todos nós temos uma série de circuitos responsáveis pelas conexões entre as células do sistema nervoso. Nos disléxicos, ocorre uma falha, ainda durante a gravidez, na migração das células que irão formar esses circuitos. Isso vai provocar dificuldade em fazer as informações transitarem de maneira adequada na área cerebral responsável pela leitura e escrita. Por causa disso, a pessoa tem dificuldades em decodificar símbolos.
3. Existe tratamento?
Não há cura e nem remédio. No entanto, ela pode ser tratada com um acompanhamento pedagógico, em que a pessoa é ajudada a desenvolver suas próprias estratégias para lidar com as dificuldades na leitura e escrita.
Alguns exercícios ajudam a promover a automatização do sistema de leitura. As pessoas sem dislexia leem em blocos: batem o olho em uma frase e conseguem lê-la. O disléxico precisa desenvolver essa habilidade, porque seu distúrbio faz com que ele precise ler letra a letra. Uma técnica usada para isso é escrever e ler palavras em cartões. Para quem estuda, é aconselhado gravar as explicações do professor durante a aula, já que é muito difícil para um disléxico fazer anotações ou ler os livros.
A tecnologia também ajuda bastante. Disléxicos cometem muitos erros na escrita, e corretores ortográficos são importantes. Softwares de leitura para deficientes visuais também são úteis para economizar o tempo que eles perderiam tentando ler por si mesmos.
4- Quando a dislexia começa a se manifestar?
Geralmente quando a criança entra na escola e começa a ser alfabetizada, mas pode ser antes. Demorar demais para aprender os nomes das letras ou as confundir muito, por exemplo, pode ser sinal de que há algum problema. Mas é preciso cuidado para não confundir isso com as dificuldades normais que existem no processo de alfabetização. Assim, é aconselhado esperar cerca de dois anos após o início dessa fase.
5- Pessoas com dislexia têm dificuldades para aprender?
Apesar de ser chamada de transtorno de aprendizagem, a dislexia diz respeito à questão da linguagem escrita. O disléxico não apresenta dificuldades na linguagem oral e compreende bem o que escuta. Mas a dislexia pode comprometer outras coisas, como a orientação espacial ou a decodificação de informações gráficas variadas. Eles geralmente não têm dificuldades em entender ou fazer desenhos, porque isso depende de um circuito cerebral diferente. Já o problema em entender símbolos matemáticos têm um nome específico, que é chamado de discalculia. A pessoa pode ter um problema ou outro – ou os dois juntos.
6- Disléxicos têm habilidades especiais nas artes?
Nem sempre. O que acontece é que, quando a dislexia é identificada logo cedo, a pessoa acaba escolhendo áreas de interesse que não envolvem leitura, como as artes ou os cálculos. Não é que tenham um dom para essas coisas: elas acabam desenvolvendo essas habilidades. Mas é importante notar que há escritores disléxicos também. Alguns deles contratam outras pessoas para escreverem o que eles falam e transformar em livros.
7- A dislexia pode piorar com o tempo?
A dislexia não piora, mas pode dar a impressão de que está mais grave quando a pessoa está sob pressão ou quando aumenta a demanda pelas habilidades que a dislexia compromete (se o disléxico é pressionado para ler cada vez mais rápido na escola, por exemplo). Por outro lado, ela pode ser abrandada com o desenvolvimento de estratégias – e quanto mais cedo for identificada, maiores as chances de sucesso. Orlando Bloom, por exemplo, hoje lida bem com a sua dificuldade. Ele declarou à agência de notícia Wenn: “Por causa da dislexia, eu sempre pensei que tinha que trabalhar dobrado para chegar ao mesmo lugar que outra pessoa. E agora, sempre que vou a um encontro de negócios, estou sempre superpreparado. De alguma maneira, acho que sou à grato à dislexia, porque ela me deu direção”.
8- Como deve ser feito o diagnóstico da dislexia?
O diagnóstico é feito a partir de uma avaliação multidisciplinar e o ideal é que ela contenha um neurologista, um fonoaudiólogo, um psicopedagogo e um psicólogo. São feitos testes de leituras e escrita, mas o aspecto emocional e neurológico também é avaliado.
9- Por que algumas pessoas confundem dislexia com déficit de atenção? Pessoas com dislexia têm dificuldade de concentração?
É comum ter as duas coisas ao mesmo tempo. Mas 60% tem só dislexia ou só déficit de atenção.
10- Quantas pessoas tem dislexia atualmente?
Aproximadamente 4% da população mundial tem dislexia. Mas a quantidade e a gravidade dos disléxicos em cada país varia dependendo do idioma e do sistema de escrita usado, que pode facilitar ou a dificultar o entendimento. Segundo Ana Luiza, o português é dos mais fáceis, enquanto o inglês já é mais complicado. O japonês é melhor para o disléxico, porque o idioma associa palavras a símbolos, então não é preciso decodificar várias letras. Isso se reflete no número de disléxicos no país: cerca de 1%, apenas.
10 perguntas e respostas para entender a dislexia
A mãe de Orlando prometeu presenteá-lo com uma moto se ele conseguisse ler 50 livros. Ele nunca chegou a esse número e nunca ganhou o prêmio. Mas não por preguiça ou repulsa à leitura. É que, apesar de enxergar bem, Orlando não conseguia decodificar as letras, que se embaralhavam pelas páginas. Principalmente as letrinhas parecidas, como b e d. Hoje, esse garoto cresceu e provavelmente você o conhece: é Orlando Bloom, ator de O Senhor dos Anéis e Piratas do Caribe. E o problema que ele tem é a dislexia, transtorno de aprendizagem que afeta a leitura e a escrita de cerca de 4% da população mundial.
Apesar de ter ganhado destaque na mídia nos últimos anos, falta muito para que a dislexia seja bem compreendida. Pensando nisso, o Instituto ABCD, organização que difunde informações e fornece apoio a grupos e associações que tratam do problema, está organizando a Semana da Dislexia. O evento, que começou no dia 31 de outubro e vai até domingo, 6 de novembro, trouxe associações, organizações e professores para discutir o tema com seminários, mesas-redondas e outras atividades em diversos lugares. Dá para acompanhar tudo pelo site www.institutoabcd.org.br.
Para ajudar a entender melhor a dislexia, conversamos com a Ana Luiza Navas, presidente do Instituto ABCD, e com o neurologista Rubens Wajnsztejn, do Núcleo de Estudos em Aprendizagem da Faculdade de Medicina do ABC.
1. A dislexia é uma doença?
Tecnicamente, sim. Ela se encontra na Classificação Internacional de Doenças e é hereditária. “Mas os especialistas preferem se referir a ela como um transtorno de aprendizagem e não como uma doença, para que o público não a associe com algo que possa ser curado com remédios”, explica a fonoaudióloga Ana Luiza.
2. O que provoca a dislexia?
Todos nós temos uma série de circuitos responsáveis pelas conexões entre as células do sistema nervoso. Nos disléxicos, ocorre uma falha, ainda durante a gravidez, na migração das células que irão formar esses circuitos. Isso vai provocar dificuldade em fazer as informações transitarem de maneira adequada na área cerebral responsável pela leitura e escrita. Por causa disso, a pessoa tem dificuldades em decodificar símbolos.
3. Existe tratamento?
Não há cura e nem remédio. No entanto, ela pode ser tratada com um acompanhamento pedagógico, em que a pessoa é ajudada a desenvolver suas próprias estratégias para lidar com as dificuldades na leitura e escrita.
Alguns exercícios ajudam a promover a automatização do sistema de leitura. As pessoas sem dislexia leem em blocos: batem o olho em uma frase e conseguem lê-la. O disléxico precisa desenvolver essa habilidade, porque seu distúrbio faz com que ele precise ler letra a letra. Uma técnica usada para isso é escrever e ler palavras em cartões. Para quem estuda, é aconselhado gravar as explicações do professor durante a aula, já que é muito difícil para um disléxico fazer anotações ou ler os livros.
A tecnologia também ajuda bastante. Disléxicos cometem muitos erros na escrita, e corretores ortográficos são importantes. Softwares de leitura para deficientes visuais também são úteis para economizar o tempo que eles perderiam tentando ler por si mesmos.
4- Quando a dislexia começa a se manifestar?
Geralmente quando a criança entra na escola e começa a ser alfabetizada, mas pode ser antes. Demorar demais para aprender os nomes das letras ou as confundir muito, por exemplo, pode ser sinal de que há algum problema. Mas é preciso cuidado para não confundir isso com as dificuldades normais que existem no processo de alfabetização. Assim, é aconselhado esperar cerca de dois anos após o início dessa fase.
5- Pessoas com dislexia têm dificuldades para aprender?
Apesar de ser chamada de transtorno de aprendizagem, a dislexia diz respeito à questão da linguagem escrita. O disléxico não apresenta dificuldades na linguagem oral e compreende bem o que escuta. Mas a dislexia pode comprometer outras coisas, como a orientação espacial ou a decodificação de informações gráficas variadas. Eles geralmente não têm dificuldades em entender ou fazer desenhos, porque isso depende de um circuito cerebral diferente. Já o problema em entender símbolos matemáticos têm um nome específico, que é chamado de discalculia. A pessoa pode ter um problema ou outro – ou os dois juntos.
6- Disléxicos têm habilidades especiais nas artes?
Nem sempre. O que acontece é que, quando a dislexia é identificada logo cedo, a pessoa acaba escolhendo áreas de interesse que não envolvem leitura, como as artes ou os cálculos. Não é que tenham um dom para essas coisas: elas acabam desenvolvendo essas habilidades. Mas é importante notar que há escritores disléxicos também. Alguns deles contratam outras pessoas para escreverem o que eles falam e transformar em livros.
7- A dislexia pode piorar com o tempo?
A dislexia não piora, mas pode dar a impressão de que está mais grave quando a pessoa está sob pressão ou quando aumenta a demanda pelas habilidades que a dislexia compromete (se o disléxico é pressionado para ler cada vez mais rápido na escola, por exemplo). Por outro lado, ela pode ser abrandada com o desenvolvimento de estratégias – e quanto mais cedo for identificada, maiores as chances de sucesso. Orlando Bloom, por exemplo, hoje lida bem com a sua dificuldade. Ele declarou à agência de notícia Wenn: “Por causa da dislexia, eu sempre pensei que tinha que trabalhar dobrado para chegar ao mesmo lugar que outra pessoa. E agora, sempre que vou a um encontro de negócios, estou sempre superpreparado. De alguma maneira, acho que sou à grato à dislexia, porque ela me deu direção”.
8- Como deve ser feito o diagnóstico da dislexia?
O diagnóstico é feito a partir de uma avaliação multidisciplinar e o ideal é que ela contenha um neurologista, um fonoaudiólogo, um psicopedagogo e um psicólogo. São feitos testes de leituras e escrita, mas o aspecto emocional e neurológico também é avaliado.
9- Por que algumas pessoas confundem dislexia com déficit de atenção? Pessoas com dislexia têm dificuldade de concentração?
É comum ter as duas coisas ao mesmo tempo. Mas 60% tem só dislexia ou só déficit de atenção.
10- Quantas pessoas tem dislexia atualmente?
Aproximadamente 4% da população mundial tem dislexia. Mas a quantidade e a gravidade dos disléxicos em cada país varia dependendo do idioma e do sistema de escrita usado, que pode facilitar ou a dificultar o entendimento. Segundo Ana Luiza, o português é dos mais fáceis, enquanto o inglês já é mais complicado. O japonês é melhor para o disléxico, porque o idioma associa palavras a símbolos, então não é preciso decodificar várias letras. Isso se reflete no número de disléxicos no país: cerca de 1%, apenas.
DISLEXIA: Do Diagnóstico à Intervenção...Exercícios
Os profissionais envolvidos num diagnóstico de disléxia devem ter presente os indicadores abaixo descritos:
1. A HISTÓRIA PESSOAL
Quando
os professores, educadores e pais se confrontarem com crianças
“normais”, saudáveis, e já com um certo grau de maturidade, mas ainda
com dificuldades na leitura, devem investigar se há existência de casos
de dislexia na família. A história pessoal de um disléxico, geralmente,
revela traços comuns, como o atraso na aquisição da linguagem, atrasos
na locomoção e problemas de dominância lateral.
O despiste médico sobre determinados défices como os visuo-auditivos, são de suma importância para o diagnóstico de dislexia.
Muszkat
(cit. in Gazeta Mercantil S.P. Dislexia), explica que a dislexia tem
causas genéticas e familiares e uma leve incidência em pessoas do sexo
masculino (na proporção de três homens para cada mulher).
Achamos
importante a informação sobre os métodos/instrumentos de avaliação mais
utilizados (Torres e Fernández, 2002 citado por Cristina Rocha Vieira
em seu trabalho de Projecto da especialização em necessidades educativas
especiais), ainda que a maioria ultrapassem as competências de um
docente de apoios educativos.
Áreas
|
Procedimentos normativos (Testes)
|
Procedimentos informais
|
Anamnese
|
Entrevista aos pais, professores, alunos e outros envolvidos
|
Reunião com os pais
|
Percepção Auditiva
Percepção Visual
|
Teste de ritmo de Seashore (1968)
Teste guestáltico visuo-motor de Bender (1986)
|
Tarefas várias de emparelhamento auditivo
Tarefas várias de emparelhamento visual
|
Motricidade
Disfunção Cerebral
Dominância Lateral
|
Teste de Bóston (1986)
Teste de formas de lateralidade de Zazzo
e Galifret-Granjón (1971)
Teste de dominância lateral de Harris (1978)
|
Observação de sinais indicativos de disfunção
neurológica.
Observação da lateralidade (Piq e Vayer, (1977)
|
Funcionamento Cognitivo
Psicomotricidade :
-Esquema Corporal
-Défices Espácio-Temporais
|
Raven (1962) ; WISC
Piaget-Head De Ia Cruz e Mazaira (1990)
Teste guestáltico visuomotor de Bender (1982)
|
Elaboração de tarefas indicativas das diferentes fases de desenvolvimento do esquema corporal.
Elaboração de questões que incluam noções
espácio temporais.
|
Funcionamento
Psicolinguístíco
|
TVIP (1981) ITPA (1986)
|
Análise da fala e da linguagem
|
Linguagem :
Leitura
Leitura e Escrita
Escrita
|
Decifrar (ISPA) ;Provas de leitura de De Ia Cruz (1980)
EDIL de González Portal (1984)
TALE de Toro e Cervera (1980)
Ortografia (1979)
|
Análise de erros da leitura e da escrita
|
Desenvolvimento Emocional
|
Musitu et al. (1991) questionários sobre o autoconceito
|
2. LEITURA E ESCRITA
Os professores devem ter presente que num disléxico observa-se:
Sempre
|
Muitas vezes
|
Às vezes
|
Dificuldades com a linguagem e escrita
|
Disgrafia
|
Dificuldades com a linguagem falada
|
Dificuldades em escrever
|
Dificuldades em aprender uma segunda língua
|
Dificuldade com a percepção espacial
|
Lentidão na aprendizagem da leitura
|
Discalculia, dificuldade com a matemática, sobretudo na assimilação de símbolos e de decorar a tabuada
|
Confusão entre direita e esquerda
|
Dificuldades com a ortografia
|
Dificuldades com a memória de curto prazo e com a organização
| |
Dificuldades em seguir indicações de caminhos e em executar sequências de tarefas complexas
| ||
Dificuldades para compreender textos escritos
|
Tipificação dos erros mais vulgares em dislexia:
A leitura oral e a escrita de um disléxico apresentam uma ou várias das seguintes dificuldades:
- Confusão entre letras, sílabas ou palavras com diferenças subtis de grafia:
a – o
|
c – o
|
e – c
|
f – t
|
h – n
|
i – j
|
m – n
|
v – u
|
- Confusão entre letras, sílabas ou palavras com grafia similar, mas comdiferente orientação no espaço:
a – e
|
b – d
|
d – b
|
n – u
|
b – p
|
d – p
| ||
b – q
|
d – q
|
- Confusão entre letras que possuem um ponto de articulação comum e cujos sons são acusticamente próximos:
c – g
|
d – t
|
j – x
|
m – b
|
v – f
|
fiola / viola
|
compurtamento
|
- Inversões parciais ou totais de sílabas ou palavras:
sol – los
|
som – mos
|
me – em
|
sal – las
|
pédrio / prédio
|
pergo / prego
|
- Adições ou omissões de sons, sílabas ou palavras:
famoso – fama
|
casa – casaco
|
Flor / felore
|
amor / amore
|
- Separações e ligações
a gora – agora
|
qua se – quase
|
porisso / por isso
|
derrepente / de repente
|
- Repetição de sílabas, palavras ou frases;
- Salto de linhas, retroceder linha ou perder a linha a ler;
- Soletração defeituosa de palavras;
- Leitura e escrita em espelho;
- Diminuição da velocidade da leitura.
- Ausência de prazer na leitura
3. OUTRAS PERTURBAÇÕES DA APRENDIZAGEM
As
características atrás descritas raramente se apresentam isoladas.
Segundo Johnson e Myklebust citados por Mabel Condemarin e Marlys
Blomquist (1986) as perturbações mais comuns são:
- Alterações na memória;
- Alterações na memória de séries e sequências;
- Orientação direita-esquerda;
- Disortografia;
- Dificuldades na matemática.
Como
Antunes, citado por Cristina Rocha Vieira, alerta, nem todo o jogo é
material pedagógico e tenta sistematizar o que o jogo deve promover para
que possa ser considerado como tal (2003).
COMPETÊNCIAS A ESTIMULAR NOS JOGOS PEDAGÓGICOS
Educação infantil
|
Ensino fundamental
|
Ensino médio
|
Observar
|
Enumerar
|
Reflectir
|
Conhecer
|
Transferir
|
Criar
|
Comparar
|
Demonstrar
|
Conceituar
|
Localizar
|
Debater
|
Interagir
|
Separar/reunir
|
Deduzir
|
Especificar
|
Medir
|
Analisar
|
Ajuizar
|
Relatar
|
Julgar/avaliar
|
Discriminar
|
Combinar
|
Interpretar
|
Revisar
|
Conferir
|
Provar
|
Descobrir hipóteses
|
Classificar
|
Concluir
| |
Criticar
|
Seriar
| |
Sintetizar
|
Neste
momento é vastíssima a disponibilidade de recursos nomeadamente
softwear de jogos interactivos, publicações específicas da temática,
publicações curriculares, sites, etc. É assim necessário uma
planificação atenta para que não haja dispersão e desadequação das
actividades desemvolvidas. No entanto, deverá também haver uma avaliação
criteriosa das sessões e da evolução do aluno, para possibilitar o
constante reajuste das estratégias adoptadas.
Algumas propostas para minimizar os problemas dentro da sala de aula.
Um aluno disléxico:
- Deve estar sentado numa carteira à frente na sala de aula;
- Deve ter apoio pedagógico acrescido às disciplinas de Inglês/Francês, Português e matemática (Escolher de forma a que não haja excesso na carga horária do aluno).
- Deve ser avaliado essencialmente pela oralidade;
- Deve iniciar os testes de avaliação após estes já terem sido lidos pelo professor.
- Não deve ser penalizado pelos seus erros ortográficos;
- Deve ser avaliado mais pelo conteúdo das respostas do que pela forma como estão escritas e estruturadas;
- Deve ser permitido em determinadas circunstâncias que a composição seja feita em casa.
- O professor deve usar diferentes materiais de suporte na aula: projector, vídeos e demonstrações práticas;
- Deve ser estimulado a resolver todos os exercícios e elogiado sempre pelo esforço e pelos sucessos, valorizando as suas iniciativas de forma a aumentar a sua auto-estima;
- Perguntar-lhe se ficou alguma dúvida na exposição da matéria;
- Lembrar-lhe de anotar datas de testes, tarefas e pesquisas;
- Pedir-lhe para anotar explicações que não constem no texto;
1. Actividades que permitem desenvolver a lateralidade e orientação espacial nos alunos
- Executar traçados simétricos
- Completar sequências lógicas.
- Executar percursos a partir de orientações
- Reconhecer a direita e a esquerda em diferentes situações:
- Espaços
- Em si e noutras pessoas tanto de frente como de costas
- Em desenhos
- Resolver labirintos
- Ordenar figuras desenhadas
- Construir e fazer puzzles
- Efectuar grafismos
2. Actividades que permitem desenvolver a memória visual
- Distinguir letras que apresentam formas equivalentes
- Fazer a correspondência entre letras ou conjuntos iguais
- Descobrir o “intruso” em desenhos
- Resolver sopa de letras
- Identificar letras
- Identificar num determinado conjunto o número de vezes que um dos seus elementos se repete
- Descobrir as diferenças
- Memorizar pormenores em diferentes situações
- Fazer sopas de letras
3. Actividades que permitem ajudar na leitura e escrita
- Palavras cruzadas
- Jogo da forca
- Alterar letras mudando o significado.
- Adição de letras
- Acentuação
- Rimas e lengalengas
- Provérbios
- Antónimos e sinónimos
- Reconhecer frases verdadeiras e falsas
- Melhorar a velocidade da leitura
- Pontuação
- Formação do plural / Feminino / Masculino / Diminutivos
- Ordenar sílabas
- Identificar palavras com grafia idêntica mas com pronúncia diferente
- Aplicar os casos especiais da leitura:
s / ss
r / rr
nh / lh
ça / ço / çu
ce / ci
|
ãe / õe / ão / ã
al / ol
il / ul / el
ar / er/ or
ur / ir
|
os / is / as
es / us
x / ch
az / iz
ez / oz / uz
|
an / on
en / in / un
im / um
am / em / om
mp / mb
|
ge / gi
fl / bl / tl
cl / pl / gl
gue / gui
dr / vr / gr
|
cr / pr / fr / tr
pc / pç
x / z / s
ter / tre
o /u
|
4. Actividades que permitem ajudar na Compreensão
- Identificar a ideia principal e os intervenientes de um texto
- Ordenar frases de textos
- Ilustrar um texto (mais jovens)
- Fazer esquemas resumo de diferentes temas
- Fazer resumos
- Resolver enigmas e problemas
- Fazer sequência de histórias
- Relacionar listas de palavras
- Descobrir palavras intrusas
- Completar bandas desenhadas
1. Executar traçados simétricos
Desenha a outra metade em simetria
2. Reconhecer direita e esquerda
Observa atentamente a figura e responde .
O aluno está à _______________ do pai;
O balde está na mão ________________da auxiliar;
O pai está à _______________ da mãe;
A pasta está à _______________ do aluno.
|
3. Completar sequências lógicas
Este conceito pode ser trabalhado usando os dias da semana, os meses do ano e o alfabeto
Continua as sequências
4. Fazer labirintos
Observa a imagem. Assinala o percurso que o coelho deve fazer para chegar à cenoura
5. Distinguir letras de formas equivalentes
Agrupa por cores à tua escolha as letras iguais.
b
|
q
|
b
|
q
|
b
|
d
|
b
|
q
|
d
|
q
|
p
|
q
|
b
|
q
|
p
|
q
|
b
|
q
|
b
|
p
|
b
|
d
|
b
|
b
|
b
|
d
|
b
|
q
|
q
|
q
|
p
|
b
|
q
|
q
|
p
|
b
|
b
|
b
|
d
|
b
|
q
|
b
|
d
|
b
|
q
|
d
|
q
|
d
|
q
|
b
|
q
|
d
|
q
|
b
|
p
|
b
|
p
|
b
|
q
|
b
|
p
|
b
|
q
|
6. Fazer a correspondência entre letras ou conjuntos iguais
Assinala as combinações iguais ao exemplo
HNNHOPRTJ
|
226477990
|
RTVGHYIO
|
RETPOUNGH
|
226477990
|
TIJOPILIP
|
HMMHOQHID
|
HNNHOPRTJ
|
TURNASDTE
|
JUTILUMIP
|
244865927
|
224978980
|
226389765
|
ERTOPYADE
|
HMMHOQHID
|
HNNHOPRTJ
|
HNNHOPRTJ
|
226828917
|
226477990
|
ERTAUYRAM
|
589621473
|
5487965214
|
HNNHOPRTJ
|
HNNFGTOPT
|
224978980
|
226477990
|
HNNHOPRTJ
|
HNNHTRGOI
|
HNNRTERPO
|
458973652
|
598326574
|
226477990
|
226477990
|
226477990
|
226477990
|
HNNHOPRTJ
|
224587931
|
7. Sopas de letras
Procura nesta sopa de letras o nome de 12 alimentos
L
|
O
|
Ã
|
P
|
Z
|
N
|
U
|
I
|
N
|
E
|
V
|
Z
|
A
|
N
|
A
|
N
|
A
|
Z
|
I
|
O
|
G
|
U
|
R
|
T
|
E
|
M
|
A
|
T
|
S
|
A
|
Ã
|
Ç
|
A
|
M
|
E
|
R
|
E
|
A
|
P
|
O
|
S
|
S
|
A
|
L
|
E
|
A
|
B
|
A
|
T
|
A
|
T
|
A
|
Ê
|
P
|
Reescreve os alimentos
1__________
2__________ 3__________ 4__________ 5__________ 6__________ 7__________
8__________ 9__________ 10__________ 11__________ 12__________
8. Identificar letras
Assinala as letras p e a b na seguinte lista de palavras.
balão
|
papoila
|
pacote
|
bombeiro
|
barco
|
papão
|
sabonete
|
sapo
|
sapato
|
sabão
|
9. Identificar o número de vezes que um elemento se repete
Identifica os elementos que se repetem. Assinala-os.
?
|
“
|
$
|
!
|
§
|
%
|
?
|
#
|
&
|
8
|
?
|
*
|
?
|
+
|
-
|
8
|
?
|
X
|
\
|
«
|
>
|
8
|
?
|
/
|
<
|
?
|
@
|
?
|
£
|
{
|
[
|
]
|
}
|
?
|
8
|
?
|
10. Descobre as diferenças
11. Acentuação
Acentua as seguintes palavras correctamente:
Alias | lençois | atraves | ananas | agua | joia
|
Lingua | lapis | textil |arvore |bonus |sao
|
Exercicio | silabas | televisao | figado | simpatico
|
12. Pontuação
Pontua o texto e faz as alterações necessárias:
Era
uma vez um sapo muito pequenino Ele queria crescer depressa depressa e
ser muito grande como já grande e gordo era o seu avô como já grande e
forte era o seu pai
Mas
duvidava ele de perninha no ar naquela horta onde morava e comendo os
bicharocos que comia seria possível crescer muito muito
Maria Alberta Meneres, Histórias do Tempo Vai Tempo Vem, Ed. Asa
13. Completar palavras
Completa as palavras utilizando as seguintes letras: S / X / J / G
Ro__eira
|
__irafa
|
__ibóia
|
Can__ar
|
Ane__ar
|
Fi__o
|
Te__oura
|
Para__em
|
14. Palavras diferentes com o mesmo som
Continua as rimas
Riscas rima com _________
|
Amor rima com _________
|
Bolas rima com __________
|
15. Melhorar velocidade e ritmo de leitura
Utilizando um texto do manual escolar do aluno, determinar uma palavra e quantificar quantas vezes a mesma surge.
16. Separação de grupos sintácticos da frase
Utilizando
um texto do manual escolar do aluno, fotocopia-se e corta-se por
parágrafos. Misturam-se as tiras de papel e solicita-se ao aluno que as
ordene de forma a organizar de novo o texto.
O mesmo exercício poderá ser feito apenas com frases desordenadas.
17. Identificar ideias
Selecciona-se um texto adequado e solicita-se ao aluno:
1º Ler o texto em voz alta.
2º Sublinhar as ideias principais.
3º Anotar na margem do texto a palavra-chave.
4º Formular questões a par com a leitura.
18. Elaborar com os alunos:
Redes semânticas / mapas conceituais / esquemas / resumos
São tarefas com um certo grau de dificuldade, que após adquiridas ajudam a sistematização dos diferentes conteúdos.
19. Fazer sequência de histórias
Esta actividade pode ter diferentes formas de resolução:
1º Um dos alunos dá um tema e pede a um dos presentes que continue a história;
2º Conta-se uma história e solicita-se ao aluno que lhe seja dado um final;
3º Conta-se uma história e pede-se um título.
20. Ler textos com tipos de letras diferentes
21. Ordenar sílabas
Descobre a palavra escondida
lis
|
jor
|
me
|
na
|
ta
|
DISLEXIA
O que é?
A dislexia é um distúrbio na leitura afetando a escrita, normalmente detectado a partir da alfabetização, período em que a criança inicia o processo de leitura de textos. Seu problema torna-se bastante evidente quando tenta soletrar letras com bastante dificuldade e sem sucesso.
Porém se a criança estiver diante de pais ou professores especialistas a dislexia poderá ser detectada mais precocemente, pois a criança desde pequena já apresenta algumas características que denunciam suas dificuldades, tais como:
- - Demora em aprender a segurar a colher para comer sozinho, a fazer laço no cadarço do sapato, pegar e chutar bola.
- - Atraso na locomoção.
- - Atraso na aquisição da linguagem.
- - Dificuldade na aprendizagem das letras.
A criança dislexa possui inteligência normal ou muitas vezes acima da média. Sua dificuldade consiste em não conseguir identificar símbolos gráficos (letras e/ou números) tendo como conseqüência disso a dificuldade na leitura e escrita.
A dislexia normalmente é hereditária. Estudos mostram que dislexos possuem pelo menos um familiar próximo com dificuldade na aprendizagem da leitura e escrita.
O distúrbio envolve percepção, memória e análise visual. A área do cérebro responsável por estas funções envolve a região do lobo occipital e parietal.
Características:
- Confusão de letras, sílabas ou palavras que se parecem graficamente: a-o, e-c, f-t, m-n, v-u.
- Inversão de letras com grafia similar: b/p, d/p, d/q, b/q, b/d, n/u, a/e.
- Inversões de sílabas: em/me, sol/los, las/sal, par/pra.
- Adições ou omissões de sons: casa Lê casaco, prato lê pato.
- Ao ler pula linha ou volta para a anterior.
- Soletração defeituosa: lê palavra por palavra, sílaba por sílaba, ou reconhece letras isoladamente sem poder ler.
- Leitura lenta para a idade.
- Ao ler, movem os lábios murmurando.
- Freqüentemente não conseguem orientar-se no espaço sendo incapazes de distinguir direita de esquerda. Isso traz dificuldades para se orientarem com mapas, globos e o próprio ambiente.
- Usa dedos para contar.
- Possui dificuldades em lembrar se seqüências: letras do alfabeto, dias da semana, meses do ano, lê as horas.
- Não consegue lembrar-se de fatos passados como horários, datas, diário escolar.
- Alguns possuem dificuldades de lembrar objetos, nomes, sons, palavras ou mesmo letras.
- Muitos conseguem copiar, mas na escrita espontânea como ditado e ou redações mostra severas complicações.
- Afeta mais meninos que meninas.
O dislexo geralmente demonstra insegurança e baixa auto-estima, sentindo-se triste e culpado. Muitos se recusam a realizar atividades com medo de mostrar os erros e repetir o fracasso. Com isto criam um vínculo negativo com a aprendizagem, podendo apresentar atitude agressiva com professores e colegas.
Antes de atribuir a dificuldade de leitura à dislexia alguns fatores deverão ser descartados, tais como:
- imaturidade para aprendizagem;
- problemas emocionais;
- métodos defeituosos de aprendizagem;
- ausência de cultura;
- incapacidade geral para aprender.
Tratamento e orientações:
- O tratamento deve ser realizado por um especialista ou alguém que tenha noções de ajuda ao dislexo. Deve ser individual e freqüente.
Durante o tratamento deve-se usar material estimulante e interessante. - Ao usar jogos e brinquedos empregar preferencialmente os que contenham letras e palavras.
- Reforçar a aprendizagem visual com o uso de letras em alto relevo, com diferentes texturas e cores. É interessante que ele percorra o contorno das letras com os dedos para que aprenda a diferenciar a forma da letra.
- Deve-se iniciar por leituras muito simples com livros atrativos, aumentando gradativamente conforme seu ritmo.
- Não exigir que faça avaliação de outra língua. Deve-se dar mais importância na superação de sua dificuldade do que na aprendizagem de outra língua.
- O tratamento psicológico não é recomendado a não ser nos casos de graves complicações emocionais.
- Substituir o ensino através do método global (já que não consegue perceber o todo), por um sistema mais fonético.
- Não estimule a competição com colegas nem exija que ele responda no mesmo tempo que os demais.
- Oriente o aluno para que escreva em linhas alternadas, para que tanto ele quanto o professor possa entender o que escreveu e poder corrigi-los.
- Quando a criança não estiver disposta a fazer a lição em um dia ou outro não a force. Procure outras alternativas mais atrativas para que ele se sinta estimulado.
- Nunca critique negativamente seus erros. Procure mostrar onde errou, porque errou e como evitá-los. Mas atenção: não exagere nas inúmeras correções, isso pode desmotivá-lo. Procure mostrar os erros mais relevantes.
- Peça que os pais releiam o diário de classe sem criticá-los por não conseguir fazê-lo, pois a criança pode esquecer o que foi pedido e/ou não conseguir ler as instruções.
O que é?
A dislexia é um distúrbio na leitura afetando a escrita, normalmente detectado a partir da alfabetização, período em que a criança inicia o processo de leitura de textos. Seu problema torna-se bastante evidente quando tenta soletrar letras com bastante dificuldade e sem sucesso.
Porém se a criança estiver diante de pais ou professores especialistas a dislexia poderá ser detectada mais precocemente, pois a criança desde pequena já apresenta algumas características que denunciam suas dificuldades, tais como:
- - Demora em aprender a segurar a colher para comer sozinho, a fazer laço no cadarço do sapato, pegar e chutar bola.
- - Atraso na locomoção.
- - Atraso na aquisição da linguagem.
- - Dificuldade na aprendizagem das letras.
A criança dislexa possui inteligência normal ou muitas vezes acima da média. Sua dificuldade consiste em não conseguir identificar símbolos gráficos (letras e/ou números) tendo como conseqüência disso a dificuldade na leitura e escrita.
A dislexia normalmente é hereditária. Estudos mostram que dislexos possuem pelo menos um familiar próximo com dificuldade na aprendizagem da leitura e escrita.
O distúrbio envolve percepção, memória e análise visual. A área do cérebro responsável por estas funções envolve a região do lobo occipital e parietal.
Características:
- Confusão de letras, sílabas ou palavras que se parecem graficamente: a-o, e-c, f-t, m-n, v-u.
- Inversão de letras com grafia similar: b/p, d/p, d/q, b/q, b/d, n/u, a/e.
- Inversões de sílabas: em/me, sol/los, las/sal, par/pra.
- Adições ou omissões de sons: casa Lê casaco, prato lê pato.
- Ao ler pula linha ou volta para a anterior.
- Soletração defeituosa: lê palavra por palavra, sílaba por sílaba, ou reconhece letras isoladamente sem poder ler.
- Leitura lenta para a idade.
- Ao ler, movem os lábios murmurando.
- Freqüentemente não conseguem orientar-se no espaço sendo incapazes de distinguir direita de esquerda. Isso traz dificuldades para se orientarem com mapas, globos e o próprio ambiente.
- Usa dedos para contar.
- Possui dificuldades em lembrar se seqüências: letras do alfabeto, dias da semana, meses do ano, lê as horas.
- Não consegue lembrar-se de fatos passados como horários, datas, diário escolar.
- Alguns possuem dificuldades de lembrar objetos, nomes, sons, palavras ou mesmo letras.
- Muitos conseguem copiar, mas na escrita espontânea como ditado e ou redações mostra severas complicações.
- Afeta mais meninos que meninas.
O dislexo geralmente demonstra insegurança e baixa auto-estima, sentindo-se triste e culpado. Muitos se recusam a realizar atividades com medo de mostrar os erros e repetir o fracasso. Com isto criam um vínculo negativo com a aprendizagem, podendo apresentar atitude agressiva com professores e colegas.
Antes de atribuir a dificuldade de leitura à dislexia alguns fatores deverão ser descartados, tais como:
- imaturidade para aprendizagem;
- problemas emocionais;
- métodos defeituosos de aprendizagem;
- ausência de cultura;
- incapacidade geral para aprender.
Tratamento e orientações:
- O tratamento deve ser realizado por um especialista ou alguém que tenha noções de ajuda ao dislexo. Deve ser individual e freqüente.
Durante o tratamento deve-se usar material estimulante e interessante. - Ao usar jogos e brinquedos empregar preferencialmente os que contenham letras e palavras.
- Reforçar a aprendizagem visual com o uso de letras em alto relevo, com diferentes texturas e cores. É interessante que ele percorra o contorno das letras com os dedos para que aprenda a diferenciar a forma da letra.
- Deve-se iniciar por leituras muito simples com livros atrativos, aumentando gradativamente conforme seu ritmo.
- Não exigir que faça avaliação de outra língua. Deve-se dar mais importância na superação de sua dificuldade do que na aprendizagem de outra língua.
- O tratamento psicológico não é recomendado a não ser nos casos de graves complicações emocionais.
- Substituir o ensino através do método global (já que não consegue perceber o todo), por um sistema mais fonético.
- Não estimule a competição com colegas nem exija que ele responda no mesmo tempo que os demais.
- Oriente o aluno para que escreva em linhas alternadas, para que tanto ele quanto o professor possa entender o que escreveu e poder corrigi-los.
- Quando a criança não estiver disposta a fazer a lição em um dia ou outro não a force. Procure outras alternativas mais atrativas para que ele se sinta estimulado.
- Nunca critique negativamente seus erros. Procure mostrar onde errou, porque errou e como evitá-los. Mas atenção: não exagere nas inúmeras correções, isso pode desmotivá-lo. Procure mostrar os erros mais relevantes.
- Peça que os pais releiam o diário de classe sem criticá-los por não conseguir fazê-lo, pois a criança pode esquecer o que foi pedido e/ou não conseguir ler as instruções.
Por Simaia Sampaio
Bibliografia:
CONDEMARÍN, Mabel, BLOMQUIST, Marlys. (1989). Dislexia; manual de leitura corretiva. 3ª ed. Tradução de Ana Maria Netto Machado. Porto Alegre: Artes Médicas.
ELLIS, Andrew W. (1995). Leitura, escrita e dislexia: uma análise cognitiva. 2 ed. Tradução de Dayse Batista. Porto Alegre: Artes Médicas.
JOSÉ, Elisabete da Assunção José & COELHO, Maria Teresa. Problemas de Aprendizagem. 12ª edição, São Paulo: Ática.
Até a 2ª série é comum que as crianças façam confusões ortográficas porque a relação com os sons e palavras impressas ainda não estão dominadas por completo. Porém, após estas séries, se as trocas ortográficas persistirem repetidamente, é importante que o professor esteja atento já que pode se tratar de uma disortografia.
A característica principal de um sujeito com disortografia são as confusões de letras, sílabas de palavras, e trocas ortográficas já conhecidas e trabalhadas pelo professor.
Caraterísticas:
- - Troca de letras que se parecem sonoramente: faca/vaca, chinelo/jinelo, porta/borta.
- - Confusão de sílabas como: encontraram/encontrarão.
- - Adições: ventitilador.
- - Omissões: cadeira/cadera, prato/pato.
- - Fragmentações: en saiar, a noitecer.
- - Inversões: pipoca/picoca.
- - Junções: No diaseguinte, sairei maistarde.
Orientações:
Estimular a memória visual através de quadros com letras do alfabeto, números, famílias silábicas.
Não exigir que a criança escreva vinte vezes a palavra, pois isso de nada irá adiantar.
Não reprimir a criança e sim auxiliá-la positivamente.
A matemática para algumas crianças ainda é um bicho de sete cabeças. Muitos não compreendem os problemas que a professora passa no quadro e ficam muito tempo tentando entender se é para somar, diminuir ou multiplicar; não sabem nem o que o problema está pedindo. Alguns, em particular, não entendem os sinais, muito menos as expressões. Contas? Só nos dedos e olhe lá.
Em muitos casos o problema não está na criança, mas no professor que elabora problemas com enunciados inadequados para a idade cognitiva da criança.
Carraher afirma que:
“Vários estudos sobre o desenvolvimento da criança mostram que termos quantitativos como “mais”, “menos”, maior”, “menor” etc. são adquiridos gradativamente e, de início, são utilizados apenas no sentido absoluto de “o que tem mais”, “o que é maior” e não no sentido relativo de “ ter mais que” ou “ser maior que”. A compreensão dessas expressões como indicando uma relação ou uma comparação entre duas coisas parece depender da aquisição da capacidade de usar da lógica que é adquirida no estágio das operações concretas”...”O problema passa então a ser algo sem sentido e a solução, ao invés de ser procurada através do uso da lógica, torna-se uma questão de adivinhação” (2002, p. 72).
No entanto, em outros casos a dificuldade pode ser realmente da criança e trata-se de um distúrbio e não de preguiça como pensam muitos pais e professores desinformados.
Em geral, a dificuldade em aprender matemática pode ter várias causas.
De acordo com Johnson e Myklebust, terapeutas de crianças com desordens e fracassos em aritmética, existem alguns distúrbios que poderiam interferir nesta aprendizagem:
Distúrbios de memória auditiva:
- A criança não consegue ouvir os enunciados que lhes são passados oralmente, sendo assim, não conseguem guardar os fatos, isto lhe incapacitaria para resolver os problemas matemáticos.
- Problemas de reorganização auditiva: a criança reconhece o número quando ouve, mas tem dificuldade de lembrar do número com rapidez.
Distúrbios de leitura:- Os dislexos e outras crianças com distúrbios de leitura apresentam dificuldade em ler o enunciado do problema, mas podem fazer cálculos quando o problema é lido em voz alta. É bom lembrar que os dislexos podem ser excelentes matemáticos, tendo habilidade de visualização em três dimensões, que as ajudam a assimilar conceitos, podendo resolver cálculos mentalmente mesmo sem decompor o cálculo. Podem apresentar dificuldade na leitura do problema, mas não na interpretação.
- Distúrbios de percepção visual: a criança pode trocar 6 por 9, ou 3 por 8 ou 2 por 5 por exemplo. Por não conseguirem se lembrar da aparência elas têm dificuldade em realizar cálculos.
Distúrbios de escrita:- Crianças com disgrafia têm dificuldade de escrever letras e números.
Estes problemas dificultam a aprendizagem da matemática, mas a discalculia impede a criança de compreender os processos matemáticos.
A discalculia é um dos transtornos de aprendizagem que causa a dificuldade na matemática. Este transtorno não é causado por deficiência mental, nem por déficits visuais ou auditivos, nem por má escolarização, por isso é importante não confundir a discalculia com os fatores citados acima.
O portador de discalculia comete erros diversos na solução de problemas verbais, nas habilidades de contagem, nas habilidades computacionais, na compreensão dos números.
Kocs (apud García, 1998) classificou a discalculia em seis subtipos, podendo ocorrer em combinações diferentes e com outros transtornos:
Discalculia Verbal - dificuldade para nomear as quantidades matemáticas, os números, os termos, os símbolos e as relações.
Discalculia Practognóstica - dificuldade para enumerar, comparar e manipular objetos reais ou em imagens matematicamente.
Discalculia Léxica - Dificuldades na leitura de símbolos matemáticos.
Discalculia Gráfica - Dificuldades na escrita de símbolos matemáticos.
Discalculia Ideognóstica – Dificuldades em fazer operações mentais e na compreensão de conceitos matemáticos.
Discalculia Operacional - Dificuldades na execução de operações e cálculos numéricos.
Na área da neuropsicologia as áreas afetadas são:
Áreas terciárias do hemisfério esquerdo que dificulta a leitura e compreensão dos problemas verbais, compreensão de conceitos matemáticos;
Lobos frontais dificultando a realização de cálculos mentais rápidos, habilidade de solução de problemas e conceitualização abstrata.
Áreas secundárias occípito-parietais esquerdos dificultando a discriminação visual de símbolos matemáticos escritos.
Lobo temporal esquerdo dificultando memória de séries, realizações matemáticas básicas.
De acordo com Johnson e Myklebust a criança com discalculia é incapaz de:
Visualizar conjuntos de objetos dentro de um conjunto maior;
Conservar a quantidade: não compreendem que 1 quilo é igual a quatro pacotes de 250 gramas.
Seqüenciar números: o que vem antes do 11 e depois do 15 – antecessor e sucessor.
Classificar números.
Compreender os sinais +, - , ÷, ×.
Montar operações.
Entender os princípios de medida.
Lembrar as seqüências dos passos para realizar as operações matemáticas.
Estabelecer correspondência um a um: não relaciona o número de alunos de uma sala à quantidade de carteiras.
Contar através dos cardinais e ordinais.
Os processos cognitivos envolvidos na discalculia são:
1. Dificuldade na memória de trabalho;
2. Dificuldade de memória em tarefas não-verbais;
3. Dificuldade na soletração de não-palavras (tarefas de escrita);
4. Não há problemas fonológicos;
5. Dificuldade na memória de trabalho que implica contagem;
6. Dificuldade nas habilidades visuo-espaciais;
7. Dificuldade nas habilidades psicomotoras e perceptivo-táteis.
De acordo com o DSM-IV, o Transtorno da Matemática caracteriza-se da seguinte forma:A capacidade matemática para a realização de operações aritméticas, cálculo e raciocínio matemático, encontra-se substancialmente inferior à média esperada para a idade cronológica, capacidade intelectual e nível de escolaridade do indivíduo.
As dificuldades da capacidade matemática apresentadas pelo indivíduo trazem prejuízos significativos em tarefas da vida diária que exigem tal habilidade.
Em caso de presença de algum déficit sensorial, as dificuldades matemáticas excedem aquelas geralmente a este associadas.
Diversas habilidades podem estar prejudicadas nesse Transtorno, como as habilidades lingüisticas (compreensão e nomeação de termos, operações ou conceitos matemáticos, e transposição de problemas escritos em símbolos matemáticos), perceptuais (reconhecimento de símbolos numéricos ou aritméticos, ou agrupamento de objetos em conjuntos), de atenção (copiar números ou cifras, observar sinais de operação), e matemáticas (dar seqüência a etapas matemáticas, contar objetos e aprender tabuadas de multiplicação).
Quais os comprometimentos?
Organização espacial;
Auto-estima;
Orientação temporal;
Memória;
Habilidades sociais;
Habilidades grafomotoras;
Linguagem/leitura;
Impulsividade;
Inconsistência (memorização).
Ajuda do professor:
O aluno deve ter um atendimento individualizado por parte do professor que deve evitar:
Ressaltar as dificuldades do aluno, diferenciando-o dos demais;
Mostrar impaciência com a dificuldade expressada pela criança ou interrompê-la várias vezes ou mesmo tentar adivinhar o que ela quer dizer completando sua fala;
Corrigir o aluno freqüentemente diante da turma, para não o expor;
Ignorar a criança em sua dificuldade.
Dicas para o professor:
· Não force o aluno a fazer as lições quando estiver nervoso por não ter conseguido;
· Explique a ele suas dificuldades e diga que está ali para ajudá-lo sempre que precisar;
· Proponha jogos na sala;
· Não corrija as lições com canetas vermelhas ou lápis;
· Procure usar situações concretas, nos problemas.
Ajuda do profissional:
Um psicopedagogo pode ajudar a elevar sua auto-estima valorizando suas atividades, descobrindo qual o seu processo de aprendizagem através de instrumentos que ajudarão em seu entendimento. Os jogos irão ajudar na seriação, classificação, habilidades psicomotoras, habilidades espaciais, contagem.
Recomenda-se pelo menos três sessões semanais.
O uso do computador é bastante útil, por se tratar de um objeto de interesse da criança.
O neurologista irá confirmar, através de exames apropriados, a dificuldade específica e encaminhar para tratamento. Um neuropsicologista também é importante para detectar as áreas do cérebro afetadas. O psicopedagogo, se procurado antes, pode solicitar os exames e avaliação neurológica ou neuropsicológica.
O que ocorre com crianças que não são tratadas precocemente?
Comprometimento do desenvolvimento escolar de forma global
O aluno fica inseguro e com medo de novas situações
Baixa auto-estima devido a críticas e punições de pais e colegas
Ao crescer o adolescente / adulto com discalculia apresenta dificuldade em utilizar a matemática no seu cotidiano.
Qual a diferença? Acalculia e Discalculia.
A discalculia já foi relatada acima.
A acalculia ocorre quando o indivíduo, após sofrer lesão cerebral, como um acidente vascular cerebral ou um traumatismo crânio-encefálico, perde as habilidades matemáticas já adquiridas. A perda ocorre em níveis variados para realização de cálculos matemáticos.
Cuidado!As crianças, devido a uma série de fatores, tendem a não gostar da matemática, achar chata, difícil. Verifique se não é uma inadaptação ao ensino da escola, ou ao professor que pode estar causando este mal estar. Se sua criança é saudável e está se desenvolvendo normalmente em outras disciplinas não se desespere, mas é importante procurar um psicopedagogo para uma avaliação.
Muitas confundem inclusive maior-menor, mais-menos, igual-diferente, acarretando erros que poderão ser melhorados com a ajuda de um professor mais atento.
Por Simaia Sampaio
Bibliografia:
CARRAHER, Terezinha Nunes (Org.). Aprender Pensando. Petrópolis, Vozes, 2002.
GARCÍA, J. N. Manual de Dificuldades de Aprendizagem. Porto Alegre, ArtMed, 1998.
JOSÉ, Elisabete da Assunção, Coelho, Maria Teresa. Problemas de aprendizagem. São Paulo, Ática, 2002.
RISÉRIO, Taya Soledad. Definição dos transtornos de aprendizagem. Programa de (re) habilitação cognitiva e novas tecnologias da inteligência. 2003.http://www.educabrasil.com.br/eb/dic/dicionario.asp?id=133
http://www.juliannamartins.ubbi.com.br/pagina2.html
Bibliografia:
CONDEMARÍN, Mabel, BLOMQUIST, Marlys. (1989). Dislexia; manual de leitura corretiva. 3ª ed. Tradução de Ana Maria Netto Machado. Porto Alegre: Artes Médicas.
ELLIS, Andrew W. (1995). Leitura, escrita e dislexia: uma análise cognitiva. 2 ed. Tradução de Dayse Batista. Porto Alegre: Artes Médicas.
JOSÉ, Elisabete da Assunção José & COELHO, Maria Teresa. Problemas de Aprendizagem. 12ª edição, São Paulo: Ática.
DISGRAFIA
O que é:
A disgrafia é também chamada de letra feia. Isso acontece devido a uma incapacidade de recordar a grafia da letra. Ao tentar recordar este grafismo escreve muito lentamente o que acaba unindo inadequadamente as letras, tornando a letra ilegível.
Algumas crianças com disgrafia possui também uma disortografia amontoando letras para esconder os erros ortográficos. Mas não são todos disgráficos que possuem disortografia
A disgrafia, porém, não está associada a nenhum tipo de comprometimento intelectual.
Carcaterísticas:
- - Lentidão na escrita.
- - Letra ilegível.
- - Escrita desorganizada.
- - Traços irregulares: ou muito fortes que chegam a marcar o papel ou muito leves.
- - Desorganização geral na folha por não possuir orientação espacial.
- - Desorganização do texto, pois não observam a margem parando muito antes ou ultrapassando. Quando este último acontece, tende a amontoar letras na borda da folha.
- - Desorganização das letras: letras retocadas, hastes mal feitas, atrofiadas, omissão de letras, palavras, números, formas distorcidas, movimentos contrários à escrita (um S ao invés do 5 por exemplo).
- - Desorganização das formas: tamanho muito pequeno ou muito grande, escrita alongada ou comprida.
- - O espaço que dá entre as linhas, palavras e letras são irregulares.
- - Liga as letras de forma inadequada e com espaçamento irregular.
O disgráfico não apresenta características isoladas, mas um conjunto de algumas destas citadas acima.
Tipos:
Podemos encontrar dois tipos de disgrafia:
- Disgrafia motora (discaligrafia): a criança consegue falar e ler, mas encontra dificuldades na coordenação motora fina para escrever as letras, palavras e números, ou seja, vê a figura gráfica, mas não consegue fazer os movimentos para escrever
- Disgrafia perceptiva: não consegue fazer relação entre o sistema simbólico e as grafias que representam os sons, as palavras e frases. Possui as características da dislexia sendo que esta está associada à leitura e a disgrafia está associada à escrita.
Tratamento e orientações:
O tratamento requer uma estimulação lingüística global e um atendimento individualizado complementar à escola.
Os pais e professores devem evitar repreender a criança.
Reforçar o aluno de forma positiva sempre que conseguir realizar uma conquista.
Na avaliação escolar dar mais ênfase à expressão oral.
Evitar o uso de canetas vermelhas na correção dos cadernos e provas.
Conscientizar o aluno de seu problema e ajudá-lo de forma positiva.
A disgrafia é também chamada de letra feia. Isso acontece devido a uma incapacidade de recordar a grafia da letra. Ao tentar recordar este grafismo escreve muito lentamente o que acaba unindo inadequadamente as letras, tornando a letra ilegível.
Algumas crianças com disgrafia possui também uma disortografia amontoando letras para esconder os erros ortográficos. Mas não são todos disgráficos que possuem disortografia
A disgrafia, porém, não está associada a nenhum tipo de comprometimento intelectual.
Carcaterísticas:
- - Lentidão na escrita.
- - Letra ilegível.
- - Escrita desorganizada.
- - Traços irregulares: ou muito fortes que chegam a marcar o papel ou muito leves.
- - Desorganização geral na folha por não possuir orientação espacial.
- - Desorganização do texto, pois não observam a margem parando muito antes ou ultrapassando. Quando este último acontece, tende a amontoar letras na borda da folha.
- - Desorganização das letras: letras retocadas, hastes mal feitas, atrofiadas, omissão de letras, palavras, números, formas distorcidas, movimentos contrários à escrita (um S ao invés do 5 por exemplo).
- - Desorganização das formas: tamanho muito pequeno ou muito grande, escrita alongada ou comprida.
- - O espaço que dá entre as linhas, palavras e letras são irregulares.
- - Liga as letras de forma inadequada e com espaçamento irregular.
O disgráfico não apresenta características isoladas, mas um conjunto de algumas destas citadas acima.
Tipos:
Podemos encontrar dois tipos de disgrafia:
- Disgrafia motora (discaligrafia): a criança consegue falar e ler, mas encontra dificuldades na coordenação motora fina para escrever as letras, palavras e números, ou seja, vê a figura gráfica, mas não consegue fazer os movimentos para escrever
- Disgrafia perceptiva: não consegue fazer relação entre o sistema simbólico e as grafias que representam os sons, as palavras e frases. Possui as características da dislexia sendo que esta está associada à leitura e a disgrafia está associada à escrita.
Tratamento e orientações:
O tratamento requer uma estimulação lingüística global e um atendimento individualizado complementar à escola.
Os pais e professores devem evitar repreender a criança.
Reforçar o aluno de forma positiva sempre que conseguir realizar uma conquista.
Na avaliação escolar dar mais ênfase à expressão oral.
Evitar o uso de canetas vermelhas na correção dos cadernos e provas.
Conscientizar o aluno de seu problema e ajudá-lo de forma positiva.
DISORTOGRAFIA
Até a 2ª série é comum que as crianças façam confusões ortográficas porque a relação com os sons e palavras impressas ainda não estão dominadas por completo. Porém, após estas séries, se as trocas ortográficas persistirem repetidamente, é importante que o professor esteja atento já que pode se tratar de uma disortografia.
A característica principal de um sujeito com disortografia são as confusões de letras, sílabas de palavras, e trocas ortográficas já conhecidas e trabalhadas pelo professor.
Caraterísticas:
- - Troca de letras que se parecem sonoramente: faca/vaca, chinelo/jinelo, porta/borta.
- - Confusão de sílabas como: encontraram/encontrarão.
- - Adições: ventitilador.
- - Omissões: cadeira/cadera, prato/pato.
- - Fragmentações: en saiar, a noitecer.
- - Inversões: pipoca/picoca.
- - Junções: No diaseguinte, sairei maistarde.
Orientações:
Estimular a memória visual através de quadros com letras do alfabeto, números, famílias silábicas.
Não exigir que a criança escreva vinte vezes a palavra, pois isso de nada irá adiantar.
Não reprimir a criança e sim auxiliá-la positivamente.
DISCALCULIA
A matemática para algumas crianças ainda é um bicho de sete cabeças. Muitos não compreendem os problemas que a professora passa no quadro e ficam muito tempo tentando entender se é para somar, diminuir ou multiplicar; não sabem nem o que o problema está pedindo. Alguns, em particular, não entendem os sinais, muito menos as expressões. Contas? Só nos dedos e olhe lá.
Em muitos casos o problema não está na criança, mas no professor que elabora problemas com enunciados inadequados para a idade cognitiva da criança.
Carraher afirma que:
“Vários estudos sobre o desenvolvimento da criança mostram que termos quantitativos como “mais”, “menos”, maior”, “menor” etc. são adquiridos gradativamente e, de início, são utilizados apenas no sentido absoluto de “o que tem mais”, “o que é maior” e não no sentido relativo de “ ter mais que” ou “ser maior que”. A compreensão dessas expressões como indicando uma relação ou uma comparação entre duas coisas parece depender da aquisição da capacidade de usar da lógica que é adquirida no estágio das operações concretas”...”O problema passa então a ser algo sem sentido e a solução, ao invés de ser procurada através do uso da lógica, torna-se uma questão de adivinhação” (2002, p. 72).
No entanto, em outros casos a dificuldade pode ser realmente da criança e trata-se de um distúrbio e não de preguiça como pensam muitos pais e professores desinformados.
Em geral, a dificuldade em aprender matemática pode ter várias causas.
De acordo com Johnson e Myklebust, terapeutas de crianças com desordens e fracassos em aritmética, existem alguns distúrbios que poderiam interferir nesta aprendizagem:
Distúrbios de memória auditiva:
- A criança não consegue ouvir os enunciados que lhes são passados oralmente, sendo assim, não conseguem guardar os fatos, isto lhe incapacitaria para resolver os problemas matemáticos.
- Problemas de reorganização auditiva: a criança reconhece o número quando ouve, mas tem dificuldade de lembrar do número com rapidez.
Distúrbios de leitura:- Os dislexos e outras crianças com distúrbios de leitura apresentam dificuldade em ler o enunciado do problema, mas podem fazer cálculos quando o problema é lido em voz alta. É bom lembrar que os dislexos podem ser excelentes matemáticos, tendo habilidade de visualização em três dimensões, que as ajudam a assimilar conceitos, podendo resolver cálculos mentalmente mesmo sem decompor o cálculo. Podem apresentar dificuldade na leitura do problema, mas não na interpretação.
- Distúrbios de percepção visual: a criança pode trocar 6 por 9, ou 3 por 8 ou 2 por 5 por exemplo. Por não conseguirem se lembrar da aparência elas têm dificuldade em realizar cálculos.
Distúrbios de escrita:- Crianças com disgrafia têm dificuldade de escrever letras e números.
Estes problemas dificultam a aprendizagem da matemática, mas a discalculia impede a criança de compreender os processos matemáticos.
A discalculia é um dos transtornos de aprendizagem que causa a dificuldade na matemática. Este transtorno não é causado por deficiência mental, nem por déficits visuais ou auditivos, nem por má escolarização, por isso é importante não confundir a discalculia com os fatores citados acima.
O portador de discalculia comete erros diversos na solução de problemas verbais, nas habilidades de contagem, nas habilidades computacionais, na compreensão dos números.
Kocs (apud García, 1998) classificou a discalculia em seis subtipos, podendo ocorrer em combinações diferentes e com outros transtornos:
Discalculia Verbal - dificuldade para nomear as quantidades matemáticas, os números, os termos, os símbolos e as relações.
Discalculia Practognóstica - dificuldade para enumerar, comparar e manipular objetos reais ou em imagens matematicamente.
Discalculia Léxica - Dificuldades na leitura de símbolos matemáticos.
Discalculia Gráfica - Dificuldades na escrita de símbolos matemáticos.
Discalculia Ideognóstica – Dificuldades em fazer operações mentais e na compreensão de conceitos matemáticos.
Discalculia Operacional - Dificuldades na execução de operações e cálculos numéricos.
Na área da neuropsicologia as áreas afetadas são:
Áreas terciárias do hemisfério esquerdo que dificulta a leitura e compreensão dos problemas verbais, compreensão de conceitos matemáticos;
Lobos frontais dificultando a realização de cálculos mentais rápidos, habilidade de solução de problemas e conceitualização abstrata.
Áreas secundárias occípito-parietais esquerdos dificultando a discriminação visual de símbolos matemáticos escritos.
Lobo temporal esquerdo dificultando memória de séries, realizações matemáticas básicas.
De acordo com Johnson e Myklebust a criança com discalculia é incapaz de:
Visualizar conjuntos de objetos dentro de um conjunto maior;
Conservar a quantidade: não compreendem que 1 quilo é igual a quatro pacotes de 250 gramas.
Seqüenciar números: o que vem antes do 11 e depois do 15 – antecessor e sucessor.
Classificar números.
Compreender os sinais +, - , ÷, ×.
Montar operações.
Entender os princípios de medida.
Lembrar as seqüências dos passos para realizar as operações matemáticas.
Estabelecer correspondência um a um: não relaciona o número de alunos de uma sala à quantidade de carteiras.
Contar através dos cardinais e ordinais.
Os processos cognitivos envolvidos na discalculia são:
1. Dificuldade na memória de trabalho;
2. Dificuldade de memória em tarefas não-verbais;
3. Dificuldade na soletração de não-palavras (tarefas de escrita);
4. Não há problemas fonológicos;
5. Dificuldade na memória de trabalho que implica contagem;
6. Dificuldade nas habilidades visuo-espaciais;
7. Dificuldade nas habilidades psicomotoras e perceptivo-táteis.
De acordo com o DSM-IV, o Transtorno da Matemática caracteriza-se da seguinte forma:A capacidade matemática para a realização de operações aritméticas, cálculo e raciocínio matemático, encontra-se substancialmente inferior à média esperada para a idade cronológica, capacidade intelectual e nível de escolaridade do indivíduo.
As dificuldades da capacidade matemática apresentadas pelo indivíduo trazem prejuízos significativos em tarefas da vida diária que exigem tal habilidade.
Em caso de presença de algum déficit sensorial, as dificuldades matemáticas excedem aquelas geralmente a este associadas.
Diversas habilidades podem estar prejudicadas nesse Transtorno, como as habilidades lingüisticas (compreensão e nomeação de termos, operações ou conceitos matemáticos, e transposição de problemas escritos em símbolos matemáticos), perceptuais (reconhecimento de símbolos numéricos ou aritméticos, ou agrupamento de objetos em conjuntos), de atenção (copiar números ou cifras, observar sinais de operação), e matemáticas (dar seqüência a etapas matemáticas, contar objetos e aprender tabuadas de multiplicação).
Quais os comprometimentos?
Organização espacial;
Auto-estima;
Orientação temporal;
Memória;
Habilidades sociais;
Habilidades grafomotoras;
Linguagem/leitura;
Impulsividade;
Inconsistência (memorização).
Ajuda do professor:
O aluno deve ter um atendimento individualizado por parte do professor que deve evitar:
Ressaltar as dificuldades do aluno, diferenciando-o dos demais;
Mostrar impaciência com a dificuldade expressada pela criança ou interrompê-la várias vezes ou mesmo tentar adivinhar o que ela quer dizer completando sua fala;
Corrigir o aluno freqüentemente diante da turma, para não o expor;
Ignorar a criança em sua dificuldade.
Dicas para o professor:
· Não force o aluno a fazer as lições quando estiver nervoso por não ter conseguido;
· Explique a ele suas dificuldades e diga que está ali para ajudá-lo sempre que precisar;
· Proponha jogos na sala;
· Não corrija as lições com canetas vermelhas ou lápis;
· Procure usar situações concretas, nos problemas.
Ajuda do profissional:
Um psicopedagogo pode ajudar a elevar sua auto-estima valorizando suas atividades, descobrindo qual o seu processo de aprendizagem através de instrumentos que ajudarão em seu entendimento. Os jogos irão ajudar na seriação, classificação, habilidades psicomotoras, habilidades espaciais, contagem.
Recomenda-se pelo menos três sessões semanais.
O uso do computador é bastante útil, por se tratar de um objeto de interesse da criança.
O neurologista irá confirmar, através de exames apropriados, a dificuldade específica e encaminhar para tratamento. Um neuropsicologista também é importante para detectar as áreas do cérebro afetadas. O psicopedagogo, se procurado antes, pode solicitar os exames e avaliação neurológica ou neuropsicológica.
O que ocorre com crianças que não são tratadas precocemente?
Comprometimento do desenvolvimento escolar de forma global
O aluno fica inseguro e com medo de novas situações
Baixa auto-estima devido a críticas e punições de pais e colegas
Ao crescer o adolescente / adulto com discalculia apresenta dificuldade em utilizar a matemática no seu cotidiano.
Qual a diferença? Acalculia e Discalculia.
A discalculia já foi relatada acima.
A acalculia ocorre quando o indivíduo, após sofrer lesão cerebral, como um acidente vascular cerebral ou um traumatismo crânio-encefálico, perde as habilidades matemáticas já adquiridas. A perda ocorre em níveis variados para realização de cálculos matemáticos.
Cuidado!As crianças, devido a uma série de fatores, tendem a não gostar da matemática, achar chata, difícil. Verifique se não é uma inadaptação ao ensino da escola, ou ao professor que pode estar causando este mal estar. Se sua criança é saudável e está se desenvolvendo normalmente em outras disciplinas não se desespere, mas é importante procurar um psicopedagogo para uma avaliação.
Muitas confundem inclusive maior-menor, mais-menos, igual-diferente, acarretando erros que poderão ser melhorados com a ajuda de um professor mais atento.
Por Simaia Sampaio
Bibliografia:
CARRAHER, Terezinha Nunes (Org.). Aprender Pensando. Petrópolis, Vozes, 2002.
GARCÍA, J. N. Manual de Dificuldades de Aprendizagem. Porto Alegre, ArtMed, 1998.
JOSÉ, Elisabete da Assunção, Coelho, Maria Teresa. Problemas de aprendizagem. São Paulo, Ática, 2002.
RISÉRIO, Taya Soledad. Definição dos transtornos de aprendizagem. Programa de (re) habilitação cognitiva e novas tecnologias da inteligência. 2003.http://www.educabrasil.com.br/eb/dic/dicionario.asp?id=133
http://www.juliannamartins.ubbi.com.br/pagina2.html
FONTE-http://www.psicopedagogavaleria.com.br/artigos.htm
Provas de conservação de:
— Pequenos conjuntos discretos de elementos
— Superfície
— Líquido
— Matéria
— Peso
— Volume
— Comprimento
Provas de classificação:
— Mudança de critério
— Quantificação da inclusão de classes
— Interseção de classes
Prova de seriação:
— Seriação de palitos
Provas de espaço:
— Espaço unidimensional
— Espaço bidimensional
— Espaço tridimensional
Provas de pensamento formal:
— Combinação de fichas
— Permutação de fichas
— Predição
SELEÇÃO DAS PROVAS PÁRA PENSAMENTO OPERATÓRIO CONCRETO DE ACORDO COM A IDADE
Sete anos
— Seriação
— Conservação de pequenos conjuntos discretos de elementos
— Conservação de massa
— Conservação de comprimento
— Conservação de superfície
— Conservação de líquido
— Espaço unidimensional
**PROVAS OPERATÓRIAS ** JOGOS E OUTROS... PARA INTERVENÇÃO**
**APRESENTAÇÃO DAS PROVAS OPERATÓRIAS**
Provas de conservação de:
— Pequenos conjuntos discretos de elementos
— Superfície
— Líquido
— Matéria
— Peso
— Volume
— Comprimento
Provas de classificação:
— Mudança de critério
— Quantificação da inclusão de classes
— Interseção de classes
Prova de seriação:
— Seriação de palitos
Provas de espaço:
— Espaço unidimensional
— Espaço bidimensional
— Espaço tridimensional
Provas de pensamento formal:
— Combinação de fichas
— Permutação de fichas
— Predição
SELEÇÃO DAS PROVAS PÁRA PENSAMENTO OPERATÓRIO CONCRETO DE ACORDO COM A IDADE
Sete anos
— Seriação
— Conservação de pequenos conjuntos discretos de elementos
— Conservação de massa
— Conservação de comprimento
— Conservação de superfície
— Conservação de líquido
— Espaço unidimensional
CAPÍTULO 3 - 3 E 4 SESSÃO - PROVAS OPERATÓRIAS
Oito a nove anos
— Conservação de massa
— Conservação de comprimento
— Conservação de superfície
— Conservação de líquido
— Conservação de peso
— Mudança de critério
— Quantificação de inclusão de classes
— Interseção de classes
— Espaço unidimensional
— Espaço bidimensional
Dez a onze anos
— As de oito anos mais a de Conservação de volume.
SELEÇÃO DAS PROVAS PÁRA PENSAMENTO FORMAL
Acima de 12 anos
— Inicie com a conservação de volume. Se conseguir, deverão ser aplicadas as provas de pensa mento formal, se não conseguir, aplicam-se as provas anteriores.
— Combinação de fichas
— Permutação de fichas
— Predição
— Espaço tridimensional
Oito a nove anos
— Conservação de massa
— Conservação de comprimento
— Conservação de superfície
— Conservação de líquido
— Conservação de peso
— Mudança de critério
— Quantificação de inclusão de classes
— Interseção de classes
— Espaço unidimensional
— Espaço bidimensional
Dez a onze anos
— As de oito anos mais a de Conservação de volume.
SELEÇÃO DAS PROVAS PÁRA PENSAMENTO FORMAL
Acima de 12 anos
— Inicie com a conservação de volume. Se conseguir, deverão ser aplicadas as provas de pensa mento formal, se não conseguir, aplicam-se as provas anteriores.
— Combinação de fichas
— Permutação de fichas
— Predição
— Espaço tridimensional
FONTE: MANUAL PRÁTICO DO
DIAGNÓSTICO PSICOPEDAGÓGICO CLÍNICO.
O que eu posso dizer é OBRIGADA! irá me ajudar bastante com minha Júlis e Alissom ...abços professora celeste
ResponderExcluirMuito bom o material do seu blog, parabéns!
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