A IMPORTÂNCIA DE COLORIR
Colorir desenhos é uma atividade tão natural para as crianças como dormir e chorar. Muito mais do que formas aleatórias, colorações monocromáticas ou rabiscos quase ilegíveis, o ato de colorir é extremamente importante nos artistas de palmo e meio, incentivando o desenvolvimento de várias e essenciais capacidades.
EDUCAÇÃO: RESPONSABILIDADE DA FAMÍLIA OU DA ESCOLA?
Colunista
convidado: Fábio Henrique Prado de Toledo é Juiz de Direito em Campinas.
Bacharel em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de São
Paulo. Articulista do Correio Popular de Campinas e de alguns outros
jornais. Casado, é pai de 8 filhos.
_Uma mãe
contou-me, certa vez, que se reuniu com o marido, já tarde da noite,
para tratar de um problema com o filho: o garoto não obedece. Depois de
uns minutos de conversa e, sem nenhuma conclusão, o pai disse: “mas não
há muito que se preocupar, faltam apenas dez dias de férias. Com a volta
às aulas, quem sabe a escola dá um jeito nele...”.
O problema
proposto e a forma com que se buscou a solução nos permitem fazer uma
indagação: a quem cabe a responsabilidade pela educação dos filhos, aos
pais ou à escola?
O Estatuto
da Criança e do Adolescente, muito sabiamente, consagra em seu artigo
19 que toda criança ou adolescente tem direito a ser criado e educado no
seio da sua família. E digo que é sábia essa norma porque penso que os
pais são os principais educadores de seus filhos. E isso é assim porque
existe uma relação natural entre paternidade e educação. A paternidade
consiste em transmitir a vida a um novo ser. A educação é ajudar a cada
filho a crescer como pessoa, o que implica em proporcionar-lhes meios
para adquirir e desenvolver as virtudes, tais como a sinceridade, a
generosidade, a obediência, dentre muitas outras.
Os filhos
nascem e se educam em uma família concreta. A família é uma atmosfera
que a pessoa necessita para respirar. Entre seus membros costuma haver
laços de afeto incondicionais que fazem um ambiente propício para que a
educação se desenvolva. Nesse sentido, é ela essencial para a formação
da pessoa. Os valores que se cultuam no lar irão marcar de forma
indelével o homem e a mulher da amanhã.
Muito bem,
mas se a função primordial na educação cabe aos pais, o que compete à
escola? Ou, mais ainda, como essa pode ajudar os pais na educação dos
filhos?
É natural
que os pais deleguem algumas funções educativas à escola, como por
exemplo, o ensino das várias disciplinas apropriadas a cada faixa
etária, mas daí não se pode concluir que possam abandonar essas funções
delegadas. Aliás, somente se delega aquilo que é próprio. E em sendo
delegada tal atribuição, cabe aos pais acompanhar como está sendo
desempenhada.
Um ponto
essencial nessa relação entre os pais e a escola é cuidar para que haja
coerência entre a educação que se desenvolve no colégio e o que os pais
ensinam em casa.
Essa
consideração de que os pais ocupam lugar de primazia na educação dos
filhos não coloca a escola num segundo plano na função educativa. Pelo
contrário, as instituições que reconhecem o papel da família, sem o que a
formação que proporcionam não terá eficácia, cuidam de desenvolver
também uma educação voltada para os pais. As imensas dificuldades que
eles enfrentam em educar os filhos no mundo moderno devem despertar as
escolas para que passem a ajudá-los, dando-lhes conhecimentos acerca de
como devem atuar na formação dos filhos.
Não há
dúvida de que ser pai e mãe hoje implica em ser profissional da
educação. Isso significa que têm de se adiantarem aos problemas naturais
de cada idade dos filhos. Por exemplo, é muito comum que enfrentem
dificuldades em fazer com que as crianças durmam sozinhas nos primeiros
anos de vida, assim como são muito freqüentes as crises de rebeldia na
adolescência. Diante disso, a escola, como colaboradora da família, deve
estar preparada para dar formação aos pais, auxiliando-os com
conhecimentos técnicos e com um acompanhamento personalizado nessa
difícil tarefa de educar.
Em vários
países há instituições de ensino que têm adotado um programa que
consiste em manter contatos periódicos entre os pais e os professores. E
isso ocorre não apenas quando o filho quebra a vidraça do colégio, mas
mesmo que não haja nenhum problema aparente. Trata-se de reconhecer o
que há de bom em cada aluno e, a partir disso, traçar um plano pessoal
de melhora, com atuações concretas a serem implementadas em casa e na
escola. Os resultados têm sido bem interessantes.
Para isso é
necessário, porém, que se admita a importância dos pais na educação, e
que a escola, colaboradora desses, os ensinem a educar, atuando ambos
coerentemente em uma mesma direção.
Fonte: Portal da Família.
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